segunda-feira, janeiro 29, 2007

Em busca do tempo perdido

Uma das minhas promessas para este ano é ler, ler muito. Tantos livros quanto eu puder. E tirar o atraso dos últimos anos, tempo em que praticamente abandonei a literatura. Ano passado, em Curitiba, fiz duas oficinas literárias que recomendo. Uma no Solar do Rosário, com uma escritora chamada Isabem Furin. Muito generosa, Isabem compartilhou seu conhecimento e me ajudou a reencontrar a criatividade, duramente reprimida pelos anos de jornalismo. Escrevi alguns contos durante nossos encontros, no inspirador casarão do Lago da Ordem, pelos quais tenho um imenso afeto. Isso mesmo: afeto. Tenho carinhos por esses escritos, não pela qualidade literária que talvez eles sequer tenham. Mas por representarem um renascimento. Uma ponte para o território livre da ficção, coisa que me dá um prazer danado. Adestrada que fui para reproduzir a realidade, a verdade dos fatos, hoje percebo que a ficção é muito mais honesta e capaz de captar o real do que o jornalismo e sua pretensa imparcialidade. Mas isso, é assunto para outro post...
Outra oficina que fiz foi com o José Castello. Escritor e jornalista literário ele tem um conhecimento invejável sobre literatura. Entrevistou grandes escritores e conhece como poucos esse universo. Foram encontros muito interessantes. Reconheci o tamanho de minha ignorância literária, mas não tomo isso como algo negativo. Pelo contrário: estou feliz, porque me sinto madura para trilhar esse caminho e recuperar o tempo perdido. Por falar nisso, um dia ainda lerei Proust...

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