terça-feira, julho 18, 2006

Pequenos prazeres

Eu sempre tive mais capacidade de ser feliz com as coisas simples do que com as grandiosas. Essas últimas talvez me assustem. As alegrias cotidianas dão ao alimento que minha alma precisa. Quanto mais simples o prazer, mais eu tenho capacidade de desfrutá-lo. Neste fim de semana, um dos raros sem a nossa filha, eu e meu amor estivemos numa cidadezinha aqui perto, uns 60 quilômetros, a Lapa. E como nos divertimos passeando pelas ruas de pedra a imaginar o cerco – a batalha que se travou ali no fim de século XIX. No teatro São João, onde consta que o imperador Dom Pedro II assistiu a uma peça, fingimos-nos de monarcas no camarote real. Adoramos a comida dos tropeiros. O garçom desajeitado. O Panteon dos Heroes que sabe lá porque é grafado desse jeito...A gruta do monge, lugar em que provavelmente um ermitão habitou e hoje o povo lhe atribui uma santidade, depositando lá fotografias, roupas, placas com nomes de quem teria recebido uma cura. E o que dizer da festa junina lapeana e sua fogueira a chispar faíscas para todos os lados, a simpática senhora da pastoral carcerária que vende vasos de papel confeccionado pelos presos da cidade...

Duas crianças a se divertir. E o que tínhamos de cenário? Uma cidade com uma praça e igreja matriz no centro. Um calorzinho humano que nos fez um bem danado...

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