sexta-feira, julho 28, 2006

Português

Quanto mais aprendo inglês – neste momento estou suando num intensivo noturno – mais admiro o português. Não que eu não goste daquele idioma. Simpatizo com sua objetividade. Mas sou brasileira. Gosto de cumprimentar as pessoas com beijos, abraços. Na Inglaterra, ouvi dizer, esse não é um bom costume. Por isso gosto do português. Nele encontro palavras para expressar todos os sentimentos que me habitam, os maus e os bons. Os medíocres. Os intensos. O português permite a um escritor – mesmo os pretensos como eu - infinitas possibilidades. Comunicar-se com poucas palavras é desafiador, admito. Tem lá seu charme. Por isso, também gosto do inglês. Mas gosto mais do português.

Dias atrás perguntamos ao professor de inglês, casado com uma professora de inglês, como eles se comunicam em casa: “em inglês”, respondeu. Mas na hora de brigar, ele disse, os palavrões vêm em português mesmo. Explicou que ao lidar com o emocional a língua mãe prevalece.

Pra mim ela vai prevalecer, sempre. Daí minha dificuldade em conseguir fluência em inglês. É difícil não pensar em português já que para mim pensar e sentir são quase a mesma coisa...

Um comentário:

SÍLVIA OLIVEIRA disse...

Uauuuuuuu! Já chegou bombando! Putz, nem sei se posso usar estas girias num blog tããão bem escrito! Adorei tudo! Pois acredite, no fim de semana, domingo passado, passei o dia na Lapa! Já tinha ido lá outras vezes, mas é - depois de Londrina - meu canto preferido no Paraná! O Raul fez fotos lindas da cidade e do Teatro. Em breve no Matraqueando!
Um beijo grande e parabéns!
Silvinha