sexta-feira, agosto 25, 2006

tec tec tec tec

UFA!

Respirei. Que delícia...
O que mais almejo quando tenho tempo é continuar tendo tempo...por isso ele passa...passa...e ando devagar...aproveitando minutos que se perdem inutilmente. Sou um lagarto no sol teclando. Uma “xicrona” de café do lado. E me sinto mansamente feliz. Ainda tenho sono. Mas não importa. Eu hoje só quero sentir a beleza de estar viva.

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Tec tec tec
Tenho do meu lado um espelhinho de mesa. Ele está virado para as minhas mãos. Acho uma imagem bonita.Dedos teclando. Outro dia senti saudade das máquinas de escrever. Como era mágico aquele teclar duro, imprimindo pensamento no papel. Não era rápido como hoje. Os pensamentos não vazavam pelos dedos porque não podíamos errar. Senão lá ia para o lixo mais uma lauda. E tínhamos que recomeçar tudo de novo...
Como fui tola por não prever que as máquinas de escrever sumiriam do mercado...Por que não guardei a minha? Sinto saudade. Como seria hoje escrever, ou melhor, datilografar um conto? Achei romântico. Queria ter de volta um máquina de escrever...

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½....

Estou naquele momento em que regime é quase uma impossibilidade física. Como não devorar um chocolate ou pão de queijo no meio do furacão? Antes, bastava um, dois dias de boca fechada e pronto: a cinturinha voltava. Hoje não. Para perder os excessos teria que fazer uma séria dieta, com caminhadas e exercícios diários. E é engraçado como a gente cria mecanismos para se enganar. Eu vivo pegado primeiro uma metadinha: metadinha de pão, de doce, de orelha de gato (que aqui chamam de vira cueca, um nome esquisitão como esse, não sei) – só pra depois pegar a outra metadinha também, e mais outra, mais outra. Outro dia vi minha amiga fazendo o mesmo...Mulheres são todas iguais?

Orquestra

Gostei da metáfora ontem no curso do Castello: sou um músico ou maestro? Bem que tento reger minha vida, minha paixão pelo texto, mas acho que ainda sou um músico iniciante...Não acho isso ruim não. Porque quanto mais aprendo, mais quero aprender e mais sinto que tenho aprender. E não é conversa não. Humildade disfarçada. É constatação. E prazerosa. Porque saí de um estado morno para uma vibrante jornada de conhecimento. E isso é tudo muito fascinante. Reconheço sim o tamanho de minha ignorância e isso não me entristece, pelo contrário, me motiva. Ao mesmo tempo também reconheço o tamanho de minha determinação. É um bom caminho, o melhor que já segui.

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